Big Trail, um estilo preferido por muitos motociclistas
Tenho até uma admiração pelos demais estilos de motocicleta: as esportivas marcadas pelo seu design agressivo que quando vão para a pista e bailam como um ensaio sincronizado, esbanjando potência e adrenalina, as modelos custom, charmosas, trazem um clima de saudosismo poético, inspiradoras de muitos blues e rock and roll, e de gerações que marcaram décadas e ainda exercem este romantismo nos dias atuais.
Somente posso demonstrar admiração sem poder ir além uma vez que nunca fui proprietário de alguns destes estilos e modelos, apenas pilotando poucos.
Além do motociclismo de viagem aventura, sempre fui apaixonado por fotografias. E desde os meus 14 anos, quando fazia algumas trilhas por lugares desertos, como companhia obrigatória sempre tive uma câmera a qual carregava nestes meus passeios. Ficava encantado em sentir que a minha motocicleta poderia me levar a locais desconhecidos, dando uma sensação de liberdade, onde eu poderia registrar em fotografias a beleza natural destes lugares, a arquitetura que a natureza nos presenteava.
Em janeiro de 1983, literalmente fiz a minha primeira longa viagem de motocicleta, onde saí do Rio de Janeiro com destino a Canoa Quebrada no Ceará para passar minhas férias. Era a minha comemoração por ter passado no vestibular.
A motocicleta (foto acima) era uma Triumph Scrambler 1980.
Era tudo muito diferente. Para ter uma idéia, em Canoa Quebrada tinham pouquíssimas casas, todos rústicas da colônia de pescadores e nem mesmo luz elétrica ainda existia naquele belo lugar. Lá conheci geladeira a querosene, pois sequer sabia que existia.
"Confesso que não tive a mesma disposição que o João Cruz teve em 1960, em sair do Rio de Janeiro e ir até Campina Grande na Paraíba, retornando para o Rio e com garupa."
Em Fortaleza despachei a motocicleta por uma transportadora de volta ao Rio de Janeiro e voltei de avião.
Não era só tempo diante os meus compromissos, mas realmente fisicamente estava esgotado, com as costas ardendo pelo excesso de sol e outros problemas que fui tendo na viagem.
Voltando ao Rio de Janeiro, em março de 1983, comprei uma XL 250 (foto ao lado), versão antiga, ano 1978. Não havia muitas motocicletas disponíveis como temos hoje em dia. Esta XL 250 tinha uns 500 km por época da minha aquisição. O seu ex-proprietário, o médico Raposo, que morava no prédio a minha frente, tinha comprado esta motocicleta em um leilão da Receita Federal em 1979. Daí pra frente começou a minha relação com motocicletas verdadeiramente preparadas para todo tipo de terreno.
Com esta trail XL 250, numa enorme alegria fiz um passeio saindo do Rio de Janeiro com destino a São Tome das Letras em Minas Gerais.
Muito me marcou o quanto a motocicleta me proporcionava de interação com a natureza. Além do seu bom comportamento no asfalto, quando buscava atalhos em estradas de terra, não sentia a diferença na sua condução.
Passei a não mais me importar com as chuvas, com algum trecho de barro que tivesse que atravessar, e até mesmo me aventurar em buscar estar mais próximo de cachoeiras e de outros lugares que motocicletas de outro estilo não me permitiriam chegar.
O tempo foi passando, motocicletas de maiores cilindradas sendo fabricadas, e a cada dia com tecnologias avançadas embarcadas com a evolução dos modelos.
Assim, hoje me permito dizer que encontrei um estilo de motocicleta ideal para:
... longas viagens em razão da postura de pilotagem,
... que me proporciona a mesma segurança em pistas convencionais ou não,
... e acima de tudo, me permite buscar rotas inusitadas e registrar em fotografias o encanto de cada lugar!
Um grande abraço, Eduardo Wemelinger - eduardo@rotaway.com.br
Fonte: Matéria publicada com autorização do Rotaway.com.br
Somente posso demonstrar admiração sem poder ir além uma vez que nunca fui proprietário de alguns destes estilos e modelos, apenas pilotando poucos.
Além do motociclismo de viagem aventura, sempre fui apaixonado por fotografias. E desde os meus 14 anos, quando fazia algumas trilhas por lugares desertos, como companhia obrigatória sempre tive uma câmera a qual carregava nestes meus passeios. Ficava encantado em sentir que a minha motocicleta poderia me levar a locais desconhecidos, dando uma sensação de liberdade, onde eu poderia registrar em fotografias a beleza natural destes lugares, a arquitetura que a natureza nos presenteava.
Em janeiro de 1983, literalmente fiz a minha primeira longa viagem de motocicleta, onde saí do Rio de Janeiro com destino a Canoa Quebrada no Ceará para passar minhas férias. Era a minha comemoração por ter passado no vestibular.
A motocicleta (foto acima) era uma Triumph Scrambler 1980.
Era tudo muito diferente. Para ter uma idéia, em Canoa Quebrada tinham pouquíssimas casas, todos rústicas da colônia de pescadores e nem mesmo luz elétrica ainda existia naquele belo lugar. Lá conheci geladeira a querosene, pois sequer sabia que existia.
"Confesso que não tive a mesma disposição que o João Cruz teve em 1960, em sair do Rio de Janeiro e ir até Campina Grande na Paraíba, retornando para o Rio e com garupa."
Em Fortaleza despachei a motocicleta por uma transportadora de volta ao Rio de Janeiro e voltei de avião.
Não era só tempo diante os meus compromissos, mas realmente fisicamente estava esgotado, com as costas ardendo pelo excesso de sol e outros problemas que fui tendo na viagem.
Voltando ao Rio de Janeiro, em março de 1983, comprei uma XL 250 (foto ao lado), versão antiga, ano 1978. Não havia muitas motocicletas disponíveis como temos hoje em dia. Esta XL 250 tinha uns 500 km por época da minha aquisição. O seu ex-proprietário, o médico Raposo, que morava no prédio a minha frente, tinha comprado esta motocicleta em um leilão da Receita Federal em 1979. Daí pra frente começou a minha relação com motocicletas verdadeiramente preparadas para todo tipo de terreno.
Com esta trail XL 250, numa enorme alegria fiz um passeio saindo do Rio de Janeiro com destino a São Tome das Letras em Minas Gerais.
Muito me marcou o quanto a motocicleta me proporcionava de interação com a natureza. Além do seu bom comportamento no asfalto, quando buscava atalhos em estradas de terra, não sentia a diferença na sua condução.
Passei a não mais me importar com as chuvas, com algum trecho de barro que tivesse que atravessar, e até mesmo me aventurar em buscar estar mais próximo de cachoeiras e de outros lugares que motocicletas de outro estilo não me permitiriam chegar.
O tempo foi passando, motocicletas de maiores cilindradas sendo fabricadas, e a cada dia com tecnologias avançadas embarcadas com a evolução dos modelos.
Assim, hoje me permito dizer que encontrei um estilo de motocicleta ideal para:
... longas viagens em razão da postura de pilotagem,
... que me proporciona a mesma segurança em pistas convencionais ou não,
... e acima de tudo, me permite buscar rotas inusitadas e registrar em fotografias o encanto de cada lugar!
Um grande abraço, Eduardo Wemelinger - eduardo@rotaway.com.br
Fonte: Matéria publicada com autorização do Rotaway.com.br
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