Casal cruza o Brasil em volta ao mundo
Dar a volta ao mundo não consiste mais em uma novidade, porém é um desafio espetacular e mais que uma aventura para um casal de australianos que viaja em uma motocicleta. Hoje, Ken e Carol Duval partem de Bauru para São Paulo e depois prosseguem em solo brasileiro para o Rio de Janeiro e Minas Gerais em direção ao Norte do País. Antes de chegar a Bauru, o casal já percorreu pelo mundo 253 mil quilômetros saindo de Brisbane, na Austrália.
Viajar de motocicleta foi um achado para o recomeço de vida após a aposentaria. Ken tem 56 anos e Carol, 47. Ambos encaram jornadas difíceis sob duas rodas com muita disposição. A coragem e o sangue frio também são testados como quando atravessaram um estrada que corta um parque na Tanzânia, no continente africano.
Carol relembra a experiência como a mais perigosa do casal, que já viajou por 62 países. Eles ficaram cara a cara com leões enquanto cruzavam o parque na moto BMW, ano 1981. Os Duval vivem juntos desde 1983. Já em 1985, sentiram o primeiro gosto de viajar de moto por nove meses da Austrália à Nova Zelândia.
Desde então, começaram a planejar a volta ao mundo. Doze anos mais tarde, em março de 1997, o casal saiu do continente australiano num vôo para os EUA, onde começou a primeira viagem.
Na América do Norte, os Duval passaram pelos EUA, Alasca, Canadá e México. Conheceram a Guatemala e Belize, nações da América Central. Em outubro daquele ano deixaram os EUA em vôo direto para o Velho Continente, desembarcando em Londres, Inglaterra. O casal trabalhou seis meses no período de inverno para, em seguida, iniciar a viagem para a região norte da Europa, aproveitando o verão. Depois, trabalhou mais seis meses, no inverno, para conhecer o sul do continente europeu.
O próximo passo foi o continente africano. Em janeiro de 2000, saíram da França para a Tunísia, e depois para a África do Sul, por regiões ao longo da costa leste. Chegaram à costa oeste africana passando por Zâmbia, Botswana e Namíbia. De Durban, África do Sul, voaram para Atenas, Grécia, seguindo um novo trajeto que os levaria para Ásia e de volta para casa, na Austrália, em junho de 2001.
Após quatro anos e dois meses de viagem, o casal resolveu: “Não ter uma família e fazer da viagem a nossa vida”. Então, a residência deles, em Brisbane, virou abrigo de viajantes, principalmente para quem cai na estrada de moto.
A segunda viagem o casal Duval iniciou em 2007. Como da primeira vez, foram de avião da Austrália para o continente americano. Só que agora, de moto, pretendem cruzar a América do Sul. Em setembro do ano passado, a jornada teve início em Santigo, capital do Chile. Já percorreram 53 mil quilômetros até Bauru. Depois do Chile veio Argentina, Paraguai e Uruguai. Em território brasileiro, o casal já visitou Pelotas, Porto Alegre e Santa Maria, no Rio Grande do Sul; em seguida Florianópolis, em Santa Catarina; Pantanal, no Mato Grosso do Sul. Depois Bonito, Corumbá e Campo Grande, também no Mato Grosso do Sul, antes de Bauru.
No Brasil, o casal quer chegar a Belém, no Pará, para seguir à Guiana Francesa, Suriname e Guiana Britânica. Ainda retornam para o Brasil, onde em Manaus vão de barco para o Peru. O casal percebeu que o continente sul-americano é vasto e seu planejamento do tempo de viagem já furou. Pretendiam ficar apenas 18 meses, porém os dois já estão replanejando percorrer o trajeto em três anos.
“Nosso ritmo é lento”, brincam. O projeto dos Duval contempla viajar para a América do Norte, Japão, Coréia, Rússia, Mongólia, Europa e África. “Isso vai demorar vários anos e é financiado por mais de 40 anos de trabalho e de poupança. Vendemos a nossa casa. A nossa casa é uma barraca. Agora é a nossa vida sobre a moto”, completam.
América do Sul
Na América do Sul, os Duval contam com uma ajuda fundamental do Clube da XT 600 Yamaha. Pela Internet, os associados se comunicam e interligam os Duval a uma rede de solidariedade. Em Bauru, o casal Regina Romão e Rodrigo Coto, membros do clube, recepcionaram os australianos que arranham o português e dependem de mapas e um pequeno dicionário.
Em São Paulo, os Duval também serão recepcionados por outro membro do clube, assim como aconteceu no Sul do País. Eles viajam com roupas que mais parecem armaduras e levam o mínimo necessário e sempre objetos de tamanho mini, como o fogão. Vivem em hotéis e casas de amigos que vão fazendo pelo caminho.
Fonte: Jornal da Cidade de Bauru
Viajar de motocicleta foi um achado para o recomeço de vida após a aposentaria. Ken tem 56 anos e Carol, 47. Ambos encaram jornadas difíceis sob duas rodas com muita disposição. A coragem e o sangue frio também são testados como quando atravessaram um estrada que corta um parque na Tanzânia, no continente africano.
Carol relembra a experiência como a mais perigosa do casal, que já viajou por 62 países. Eles ficaram cara a cara com leões enquanto cruzavam o parque na moto BMW, ano 1981. Os Duval vivem juntos desde 1983. Já em 1985, sentiram o primeiro gosto de viajar de moto por nove meses da Austrália à Nova Zelândia.
Desde então, começaram a planejar a volta ao mundo. Doze anos mais tarde, em março de 1997, o casal saiu do continente australiano num vôo para os EUA, onde começou a primeira viagem.
Na América do Norte, os Duval passaram pelos EUA, Alasca, Canadá e México. Conheceram a Guatemala e Belize, nações da América Central. Em outubro daquele ano deixaram os EUA em vôo direto para o Velho Continente, desembarcando em Londres, Inglaterra. O casal trabalhou seis meses no período de inverno para, em seguida, iniciar a viagem para a região norte da Europa, aproveitando o verão. Depois, trabalhou mais seis meses, no inverno, para conhecer o sul do continente europeu.
O próximo passo foi o continente africano. Em janeiro de 2000, saíram da França para a Tunísia, e depois para a África do Sul, por regiões ao longo da costa leste. Chegaram à costa oeste africana passando por Zâmbia, Botswana e Namíbia. De Durban, África do Sul, voaram para Atenas, Grécia, seguindo um novo trajeto que os levaria para Ásia e de volta para casa, na Austrália, em junho de 2001.
Após quatro anos e dois meses de viagem, o casal resolveu: “Não ter uma família e fazer da viagem a nossa vida”. Então, a residência deles, em Brisbane, virou abrigo de viajantes, principalmente para quem cai na estrada de moto.
A segunda viagem o casal Duval iniciou em 2007. Como da primeira vez, foram de avião da Austrália para o continente americano. Só que agora, de moto, pretendem cruzar a América do Sul. Em setembro do ano passado, a jornada teve início em Santigo, capital do Chile. Já percorreram 53 mil quilômetros até Bauru. Depois do Chile veio Argentina, Paraguai e Uruguai. Em território brasileiro, o casal já visitou Pelotas, Porto Alegre e Santa Maria, no Rio Grande do Sul; em seguida Florianópolis, em Santa Catarina; Pantanal, no Mato Grosso do Sul. Depois Bonito, Corumbá e Campo Grande, também no Mato Grosso do Sul, antes de Bauru.
No Brasil, o casal quer chegar a Belém, no Pará, para seguir à Guiana Francesa, Suriname e Guiana Britânica. Ainda retornam para o Brasil, onde em Manaus vão de barco para o Peru. O casal percebeu que o continente sul-americano é vasto e seu planejamento do tempo de viagem já furou. Pretendiam ficar apenas 18 meses, porém os dois já estão replanejando percorrer o trajeto em três anos.
“Nosso ritmo é lento”, brincam. O projeto dos Duval contempla viajar para a América do Norte, Japão, Coréia, Rússia, Mongólia, Europa e África. “Isso vai demorar vários anos e é financiado por mais de 40 anos de trabalho e de poupança. Vendemos a nossa casa. A nossa casa é uma barraca. Agora é a nossa vida sobre a moto”, completam.
América do Sul
Na América do Sul, os Duval contam com uma ajuda fundamental do Clube da XT 600 Yamaha. Pela Internet, os associados se comunicam e interligam os Duval a uma rede de solidariedade. Em Bauru, o casal Regina Romão e Rodrigo Coto, membros do clube, recepcionaram os australianos que arranham o português e dependem de mapas e um pequeno dicionário.
Em São Paulo, os Duval também serão recepcionados por outro membro do clube, assim como aconteceu no Sul do País. Eles viajam com roupas que mais parecem armaduras e levam o mínimo necessário e sempre objetos de tamanho mini, como o fogão. Vivem em hotéis e casas de amigos que vão fazendo pelo caminho.
Fonte: Jornal da Cidade de Bauru
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