É complicado explicar os sentimentos do coração de um motociclista, uma semana depois de ter realizado uma longa moto viagem.

Tudo depende do perfil do motociclista, do seu estilo de vida e qual viagem realizou. Por exemplo, imagine um motociclista que foi até a Amazônia, saindo de São Paulo, pegando trechos de barro e cortando a floresta pela Transamazônica. Imagine outro que acaba de voltar do Ushuaia (extremo sul da América do Sul) ou países do Cone Sul? Se até mesmo um que fez a "ponte aérea Rio-São Paulo a trabalho" fica meio transtornado logo quando chega, o que será daquele que pilotando uma moto cruza países e continentes?

Tive a oportunidade de conhecer e conversar, uma semana depois da chegada de um motociclista que rodou de São Paulo até o Alasca, ida e volta. Ele estava com os olhos cheios de lágrimas, e só conseguia dizer: " Não dá para explicar. Não sei o que dizer, estou meio abobalhado ainda.". Não adianta ler aqui no Rock Riders, em revistas, livros ou TV, só mesmo realizando uma longa viagem de moto para compreender o sentimento de um motociclista e, principalmente, o seu próprio.

Qualquer que seja a longa moto viagem, uma semana depois, seu realizador ainda está meio perturbado. É muito intensa a experiência, as fichas vão caindo aos poucos e a vivência só pode ser compartilhada com outros motociclistas que também já realizaram longas viagens.

Texto pelo motociclista Policarpo Jr - Rock Riders

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