Sobre Cavalgadas

O início das cavalgadas tem como ponto de partida a domesticação dos cavalos existentes, por toda a Europa e África, principalmente na região do Oriente Médio. No caso especificamente das cavalgadas, a prática do esporte está diretamente ligada à origem da raça do cavalo. As preferidas para cavalgada são os marchadores, Quarto de Milha e Mangalarga Marchador.

A evolução dos cavalos e suas respectivas espécies se deu com cruzamentos entre raças diferentes. Hoje as raças são definidas da seguinte forma: força, agilidade, docilidade, temperamento, porte físico, etc. Sendo que nas cavalgadas a preferência é para os animais mais dóceis, e com uma grande robustez.

No caso do Brasil as cavalgadas foram introduzidas como esporte há pouco tempo com todo o crescimento do interior, trazendo muitos adeptos a essa atividade. Hoje os Hotéis fazenda e as agências de esporte de aventura, já promovem passeios em todas as regiões do país.

A raça Mangalarga foi desenvolvida no Brasil através do cruzamento de um cavalo Andaluz com Éguas Nacionais de origem Ibérica. Em São Paulo sofreram infusões de sangue árabe, anglo-árabe, Puro sangue Inglês e American Sadle Horse,que deram a característica da marcha trotada. Por esse aspecto a raça Mangalarga dividiu-se em duas:

Mangalarga em São Paulo e Mangalarga Marchador em Minas Gerais. Os marchadores são os melhores, e são definidos dessa forma pelo seu jeito de andar, que consiste em andar com as 2 patas da esquerda e depois com as 2 da direita. É muito cansativo para os cavalo a marcha, mas para o cavaleiro a montaria fica muito tranqüila com pouco impacto.

O Quarto de Milha surgiu a partir dos cavalos selvagens Mustangs, trazido para a América pelos colonizadores Espanhóis. É um cavalo de trabalho e para lida com o gado tornou-se imbatível. Possuindo bastante velocidade em curtas distâncias, é considerado o animal mais versátil do mundo comportando-se bem em saltos, tambores, balizas, enduro, hipismo rural, lida com o gado e corridas planas.

O Quarto de Milha é conhecido com esse nome por ser um cavalo imbatível nessa distância (402m = ¼ de milha). Ele pode ter vários tipos de pelagem. As reconhecidas pela ABQM (Associação Brasileira de Quarto de Milha) são: Alazão, Baio, Alazão Tostado, Baio Amarilho ou Palomino, Castanho, Lobuno, Rosilho, Preto, Zaino e Tordilho.

O QUE LEVAR
No caso das cavalgadas, não se leva em consideração que você vai estar acampando, visto que os passeios são todos planejados para serem feitos em um dia. Somente alguns passeios internacionais visam atingir um percurso em mais de um dia.

Para uma cavalgada a roupa a ser utilizada é uma calça, botas, uma camisa leve e capacete. O cavalo deve estar com boas condições físicas, pode se perceber pelo andar, que deve estar harmonioso, em reta, natural e baixa, todo o corpo do animal deve ser musculoso e mostrar grande vivacidade nas mudanças de marcha e direção. Os procedimentos para arrumar o cavalo, apertar a cela, verificar o estribo devem ser feitos por pessoas experientes com o lido com o animal.

Em alguns casos é bom levar máquina fotográfica, água potável, caso o caminho não ofereça nenhuma fonte, usar sempre repelente, e principalmente não levar nada para bater no animal: isso não é necessário para o animal te obedecer, pelo contrário é total falta de domínio da situação.

ONDE PRATICAR
Como no caso das cavalgadas o cavalo é peça fundamental, é necessário que se busque hotéis fazendas que ofereçam esse serviço e hoje, quase todos no Brasil disponibilizam essa aventura. Atualmente o maior crescimento desse tipo de aventura está sendo pelas agências que promovem passeios ecoturistícos, em todas as regiões do Brasil. Sendo as cavalgadas de fácil acesso, o que deve se levar em conta é a estrutura envolvida na viagem, reparar se os cavalos são bem tratados e se as acomodações atendem suas necessidades.

No Sudeste os principais lugares são:
Brotas - SP; Juquitiba - SP; Pouso Alegre - SP
Em Minas Gerais todas os Hotéis Fazendas disponibilizam essa atividade.

No Centro-Oeste:
Tem como lugar das cavalgadas o Pantanal, que é sem dúvida o melhor meio de cruzá-lo.

COMPETIÇÕES
Podemos definir a cavalgada como esporte de conjunto, pois ele é formado de um cavaleiro e de um cavalo. No caso do cavaleiro, a destreza e a facilidade com que se lida com o cavalo são fundamentais. Por mais que as raças utilizadas nos passeios tenham características dóceis, algumas pessoas se assustam com o cavalo pela suas dimensões e porte.

As cavalgadas tanto podem ser um passeio como também verdadeiros enduros. Hoje os passeios são promovidos pelos hotéis fazendas e agências de turismo de aventura. Você pode ir conhecer regiões do Brasil que nem imaginava em cima de um cavalo; é muito gostoso.

Existem praticamente 3 maneiras de se guiar um cavalo. A primeira delas é a marcha; é a forma que você terá o menor impacto na cela andando numa boa velocidade, sendo essa a hora de curtir o cavalo, por isso a utilização dos cavalos marchadores, A Segunda é o galope, quando é hora de correr um pouco, é a verdadeira sensação de liberdade. Já a terceira maneira é quando o cavalo está caminhando bem lentamente, quando o cavalo e cavaleiro estão dentro de uma mata fechada, por exemplo. Essa é a hora para curtir a vista e o contato com a natureza.

Além de prazeroso, as cavalgadas atendem uma demanda de pessoas interessadas no contato com a natureza, todos têm uma oportunidade de ir aproveitando a vista, só curtindo o passeio. Imagina você em cima de um cavalo em pleno Pantanal tendo contato com capivaras, veados, jacarés e aves migratórias... No caso do enduro as coisas são diferentes, hoje organizados pela CBH (Confederação Brasileira de Hipismo) e promovidos pela Ford, o Enduro Eqüestre tende a pedir mais esforço por parte do conjunto.

Muito semelhante ao trekking, o "Enduro Regularidade" não visa ver quem chega primeiro, mas aquele conjunto que tem maior regularidade entre tempo, velociadde e distância percorrida. São provas de resistência, desenvolvidas em distâncias variáveis, constituídas por trechos identificados e por médias horárias a serem seguidas, trechos neutralizados para descanso, testes especiais, passagens naturais de matas, rios, montanhas e vales.

O "Enduro Velocidade Livre" são provas de resistência desenvolvidas em distâncias variáveis e velocidade livre, realizadas em estradas, caminhos, picadas e qualquer terreno, com passagens naturais em matas, rios, montanhas, etc... O vencedor será aquele que fizer o percurso em menor tempo.

DICA
Se uma dica deve ser dada é com a escolha do cavalo que, de preferência, tem que ser marchador. Deve-se perceber o seu andar e procurar informar-se com a pessoa responsável se o cavalo tem condições físicas de aturar o passeio. Uma característica física que deve ser percebida é o trem posterior, uma vez que dele dependem basicamente os atributos peculiares da raça, partida rápida, velocidade, paradas curtas e voltas rápidas.

O cavaleiro deve subir e descer sempre pelo lado esquerdo do cavalo, pois os animais são acostumados desde cedo a respeitar certas ordens, e essa é importante. Outra dica importante é que os cavalos devem estar andando em fila indiana quando em trilhas, enquanto que em estradas a dispersão é até aceitável, principalmente na hora do galope, aonde você deve aproveitar para testar a velocidade do animal.

Verifique sempre o tamanho do estribo ele deve ficar justo, ou seja, com você sentado na cela a sua perna deve ficar esticada apoiada no estribo, de forma que você consiga apoiar o peso do corpo em cima dele, evitando assim o impacto da cela. Utilize sempre calça, para evitar assaduras e até mesmo carrapatos. Saiba sempre o caminho que você irá percorrer para saber o que vai ser necessário levar para o passeio. Comida, água e repelente são coisas básicas que todo cavaleiro tem o cuidado de não faltar.

Fonte: www.mapaventura.com.br

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