É bom saber ...

Sobre os Cavalos
No princípio, o vento que vinha do Leste soprava com força, destruindo tudo à sua frente e mostrando-se a mais forte dentre todas as ações da natureza. Então, Deus chamou o vento e disse-o:



“Tomarás forma e consistência! Far-te-á amigo do homem, e com ele, vencerás batalhas e desbravarás novas terras, carregando-o em teu lombo, estabelecendo com ele a mais estreita relação de amizade existente entre homem e animal. Terás inteligência, para entender aos chamados de teu amo! Serás o mais belo e garboso dentre todos os animais! Chamar-te-á cavalo!”

E assim, nasceu o CAVALO…

Cada vez que aumentamos nossa experiência com cavalos vamos conhecendo melhor seu estilo de vida e descobrindo as coisas úteis, certas e boas, portanto muitas vezes nós se perguntamos: qual é a melhor maneira de colocar a sela? Como por a cabeçada? Que tipo de embocadura usar?

São duvidas comuns para qualquer cavaleiro. Até os mais experientes cometem enganos e deixa o animal desorientado ainda mais que cada cavalo é um tipo e cada um tem uma forma de trabalhar e a reagir às coisas que fazemos.

No manejo diário para doma e treinamento, as atitudes vão se tornando tão mecânicas que as chances de se cometer faltas só tendem a aumentar.
Começando nos apetrechos que compõe os equipamentos eqüestres: podem se tornar inimigos da sua montaria caso não sejam usados de forma correta, e as coisas vão aumentado como uma embocadura mal escolhida e mal ajustada, sela grande para cavalos pequenos. São fatores que à primeira vista podem parecer sem muita importância, mas que a longo prazo poderão trazer traumas e perigos.

Início da doma

No início da doma é uma fase bastante delicada, e se fizermos os primeiros contatos com o potro usando atenção, paciência e principalmente numa seqüência coerente, evitaremos erros e dores de cabeça. Aí vão alguns “certos” e “errados” para você se orientar e ter a chance de corrigir possíveis enganos.

Certos

1- Aproximar de um potro em inicio da doma com tranqüilidade e segurança mesmo com cavalos desconhecidos que você não tenha contato constantemente. Pegá-los em um local onde seu espaço seja limitado, facilitando a aproximação.

2- Colocar o cabresto pelo focinho e passar por trás das orelhas conversando principalmente com o potro e outros enquanto coloca lentamente sem assustá-lo.

3- Usar voz firme e sempre igual, isto é, no mesmo tom para que o animal entenda o que você espera dele.

4- Recompensar o cavalo com carinhos no pescoço a cada etapa executada de maneira correta, lembrando que deve-se premiar no momento em que o animal realiza corretamente a tarefa pedida.

5- Parar com a insistência ou aula assim que o animal realize por algumas vezes o que lhe foi pedido. Ministrar os ensinamentos progressiva e repetidamente.

6- Encilhar o animal pelo lado esquerdo, entretanto o cavalo bem domado aceitará o manejo pelos dois lados.

7- Para cada tipo de animal, melhor dizendo para cada tipo de modalidade que você quer fazer com seu animal necessita de selas diferentes, selas tipo australianas são usadas normalmente para cavalos de marcha, selas tipo Western coloca-se em cavalos Árabes e Quarto de Milha, selas tipo seletas mais leves usa-se em cavalos de corrida e saltos.

Errados:

1- Não se aproximar brutalmente principalmente pela sua traseira. Os cavalos têm medo dos homens e com susto poderão reagir repentinamente.

2- Não colocar o cabresto rápido e não amassar as orelhas, pois podem sentir dor ou irritação, e o animal pode reagir e criar traumas, difíceis de tirarem.

3- Não rode o animal com o cabresto e evitar dar puxões fortes.

4- Não repetir as palavras de comando na hora que o animal está realizando os ensinamentos. Se ele esta fazendo é porque já entendeu e a voz de comando nessa hora só irá confundi-lo.

5- Não recompensar o animal após não ter feito o que foi pedido ou recusar. Nunca bata em seu cavalo, pois só servirá para desorientá-lo.

6- Não pare com o trabalho ou a aula no momento que o cavalo errar o exercício. Caso o cavalo não execute o exercício de forma correta, mesmo que depois de algumas tentativas, mude o exercício para um mais fácil e termine a aula. A repetição demasiada cansa fisicamente e mentalmente o cavalo. Ele ficará cansado e perderá a disposição e o rendimento. Por isso procure variar as lições para mantê-lo sempre atento e disposto.

7- Não jogar o material que irá no dorso, pois é um lugar sensível (perto do rim) e esse impacto provocará dores e traumas.

8- Não usar a embocadura muito forte quando o cavalo é sensível e aceita o comando do cavaleiro rapidamente e a embocadura muito apertada poderá ferir o canto da boca.

Lembre-se dessas dicas e use sempre com muita calma e nenhuma violência nos comandos aos cavalos, eles irão te respeitar e aprender!

Ferrageamento
Colocação de ferradura

Em cavalos normais, a ferradura deve sobrar atrás do talão, aproximadamente 50% da largura do ferro utilizado. Em alguns esportes, isso não é possível, mas deve-se tentar deixar um apoio para o talão. A ferradura deverá sobrar para fora do casco, do ponto mais largo do casco, para trás, devido a expansão do casco.

Alinhamento dos cravos

Primeira opção: divida a altura da pinça e talão em três, e seguir uma linha, inclinado para cima, com os cravos da pinça mais altos, e dos quartos mais baixos. Segunda opção: divida o talão em três, e seguir uma linha reta para frente, com todos os cravos na mesma altura.

Posicionamento

Devido à necessidade de os talões se movimentarem, deve-se evitar colocar os cravos para trás do ponto mais largo do casco.

Manqueiras

Manqueiras e os problemas relacionados com cavalos domesticados são reconhecidos como problemas mundiais. Métodos convencionais não previnem problemas, devido a idéia errônea que normalmente se tem do que é correto. È da natureza humana se acostumar com certos modos de fazer as coisas e manter este hábito pelo resto da vida. Por exemplo: uma criança que durante anos recebe gritos cada vez que faz algo errado, provavelmente recebe gritará com outras pessoas quando crescer. Se você faz algo, ou vê algo sendo feito de certo modo durante algum tempo, vai lhe parecer normal e correto, mesmo que esteja errado.

Um bom exemplo dessa postura foi praticado por um ferrador em um Jockey Club, no Texas (EUA). Ele faz um ótimo trabalho, porém, como seu olho estava acostumado a ver cavalos com as pinças longas e os talões baixos, ele considerava tudo isto normal e ferravam todos os seus animais dessa maneira. Como ele é um bom desenhista, um dia, pedi a ele que desenhasse o casco que ele considerava perfeito. O seu desenho foi o de um casco com as pinças longas e talões baixos.

O que temos de fazer é tentar mudar a imagem do que é errado, tentando conhecer mais o assunto. Uns dos problemas com os cuidados convencionais dos cascos é o fato de que nenhum animal tem o casco naturalmente plano, o qual resiste o movimento de ir para frente.

A prevenção do movimento natural é resistir ao movimento de ir para frente, pois é o começo da maioria das manqueiras. A maneira adequada de se obter um bom trabalho nos cuidados dos cascos é de a ferra-los de um modo que ajuste o movimento apropriado, o qual por sua vez, alivia o estresse nas patas do animal. Quando ferrado corretamente, o casco cresce corretamente, mantendo sua estrutura e o resultado é o cavalo sadio.

Abaixo, são relacionados vários problemas comuns, resultante de maus cuidados com os cascos:

1. O cavalo tropeça;
2. Não é propenso ao trabalho;
3. Tem más atitudes com as pessoas;
4. Nove a calda excessivamente;
5. Mantém um pé na ponta, enquanto descansa;
6. Fica com as mãos estendidas para frente;
7. Troca constantemente o peso de uma mão para outra;
8. Tem os cascos compridos e ovalados;
9. Tem os talões contraídos;
10.Tem um pé maior que o outro;
11. Há linhas de estresse em volta do casco;
12. Os cascos são desnivelados, com abas ou saliências;
13. Há deformação na coroa.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Alimentação de Eqüinos – Quantidades e Manutenção

Aprumos

Dom Roxão, Cavalo bom de gado.