O Manejo Sanitário de cavalos
O Manejo Sanitário de um rebanho visa prevenir doenças e males que possam interferir negativamente na saúde de nossos animais.
Deve ser uma prática corriqueira e de rotina em nossas criações, pois desta forma estaremos otimizando ao máximo tudo aquilo que fornecemos ao animal.
Um bom estado de saúde permite ao animal potencializar os ganhos nutricionais: ao potro em crescimento permite um ótimo desenvolvimento, à égua em reprodução ciclar e gerar um produto saudável e ao animal de esporte e trabalho desenvolver plenamente suas atividades.
De nada adianta uma preocupação intensa com genética, alimentação e treinamento se, aliado a tudo isso, o animal não estiver saudável. Um bom manejo sanitário leva o animal a este estado de saúde preventivo, inclusive economizando com o tratamento das mais diversas patologias que são muitos mais caros que a própria prevenção.
O manejo sanitário pode ser dividido em 4 partes:
1. Controle de Endo-Parasitas.
2. Controle de Ecto-parasitas.
3. Controle de Anemia Infecciosa Eqüina
4. Controle de Doenças através da Vacinação.
CONTROLE DE ENDO-PARASITAS
É o controle de verminoses que habitualmente afetam os eqüinos.
Os eqüinos por seus hábitos alimentares, estão freqüentemente sujeitos a alta infestação de vermes em seu trato intestinal.
Estes vermes devem ser combatidos, pois eles se alimentam dos animais, debilitando seu organismo e comprometendo sua saúde e seu desempenho.
Existem diversos tipos de vermífugos, com diferentes apresentações e composições, diferentes preços e resultados.
Os vermífugos para eqüinos de uma forma geral, apresentam-se para prescrição oral podendo ser granulado, líquido ou pasta.
Os mais comumente encontrados e mais eficazes são encontrados em pasta, porém com diferenças significativas em sua composição e resultado.
Os princípios ativos dos vermífugos podem ser:
Benzimidazóis: grupo antigo e que encontra resistência em grande parte dos vermes, tendo sua eficácia comprometida pelo uso indiscriminado.
Organofosforados e Organoclorados: Também existem há bastante tempo, porém são eficazes para a maioria dos vermes, mas devem ser administrados com cuidado por sua toxicidade, principalmente em éguas prenhes.
Praziquantel e Pamoato de Pirantel: Princípio Ativo bastante eficaz para alguns grupos de vermes, mas não é muito abrangente, sendo muito utilizado em associações com outros princípios.
Ivermectinas: Princípio Ativo descoberto na década de 80, muito eficaz no combate à maioria dos vermes. Porém seu uso indiscriminado e em sub-doses tem levado a alguns casos de resistência. Quando oriundo de uma empresa idônea e aplicado seguindo critérios recomendados, é confiável e eficaz. Tem sido muito utilizado em associação com Praziquantel ou Pamoato de Pirantel, o que amplia seu espectro de ação e sua eficácia.
Moxidectin: Princípio Ativo bastante eficaz contra endoparasitas e contra ecto parasitas como carrapato. Possui o inconveniente de um custo bastante elevado.
Devemos nos preocupar com qual tipo de vermífugo vamos utilizar. Se o produto é muito barato, atenção à sua qualidade e eficácia. Produtos muito baratos em geral exigem maior número de aplicações, tendo um custo anual semelhante a uma Ivermectina de boa qualidade, por exemplo.
Um esquema de vermifugação bastante eficaz deve incluir um controle parasitário através de análise de fezes periodicamente. Mas nem sempre isso é possível, então realizamos uma rotina de aplicação de vermífugos de tempos em tempo.
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