Caprinos da raça Anglo-Nubiana possuem dupla aptidão


Os caprinos da raça Anglo-Nubiana têm sido, cada vez mais, usados na caprinocultura de corte brasileira


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Essa é uma raça que possui todas as variedades de pelagem, com pelos curtos e brilhantes, pele solta, predominando a cor escura
Os caprinos da raça Anglo-Nubiana são assim denominados, devido aos cruzamentos entre caprinos da Núbia (Sudão) e da Inglaterra com o duplo objetivo de produção de carne e leite. Após a formação da raça, obtiveram animais mais adaptados à Inglaterra e com produtividade mais alta. Trata-se de uma raça, extremamente rústica, com ótima adaptação ao ambiente tropical, inclusive para a criação a pasto.
Essa é uma raça que possui todas as variedades de pelagem, com pelos curtos e brilhantes, pele solta, predominando a cor escura. O corpo é longo, profundo e bem conformado, bastante musculoso, conta com um peito amplo, uma linha dorsolombar retilínea e larga, além de costelas bem arqueadas. Tais características fisionômicas garantem a essa raça uma boa aptidão para o corte.
Ao mesmo tempo, as fêmeas apresentam úberes muito bem desenvolvidos e uma boa produção leiteira, menor que a produção das outras raças especializadas europeias, porém contendo altos níveis de gordura e sólidos totais. Isso é responsável por determinar a grande habilidade materna e a capacidade de produção comercial de leite. Por isso, a raça é classificada como de dupla aptidão, o que tem determinado o seu uso mais intenso na caprinocultura de corte brasileira, devido à possibilidade de uma exploração mais rentável.
A raça Anglo-Nubiana está bem distribuída, no Brasil, sendo muito utilizada nos cruzamentos absorventes para a produção de leite e carne, principalmente no Nordeste e, mais recentemente, nos cruzamentos com a raça Boer, para produção específica de carne. Apresenta grande importância econômica para introdução inicial em rebanhos criados, extensivamente, e que pretendem melhorar a produção leiteira.
Caprinos dessa raça são mais utilizados em sistemas extensivos de criação e semi-intensivos, pois são animais muito rústicos, com fortes aprumos. Apresentam uma produção leiteira e duração de lactação menores do que as raças leiteiras, mas é de grande importância nos cruzamentos industriais. No caso de sistemas de produção de leite em confinamento, o mais indicado é o uso de raças especializadas. Nesse caso, uma das mais usadas é a Anglo-Nubiana.
Em rebanhos leiteiros com essas raças, o manejo é feito de forma a buscar sempre uma evolução, planejando acasalamentos para garantir o nascimento de descendentes mais produtivos que os pais. O mais importante é considerar que, para os sistemas de produção em confinamento, devem ser utilizados animais de raças especializadas, que garantam grande produção leiteira, já que o custo do sistema operacional é alto, havendo necessidade de máxima produtividade.
Por fim, algumas características gerais da raça Anglo-Nubiana:
- aptidão: mista;
- porte: animais robustos e de porte grande, com fêmeas pesando, entre 55 Kg e 65 Kg, e machos pesando até 70 Kg;
- medidas corporais: altura da cernelha, variando de 0,6 m a 0,7 m nas fêmeas, e de 0,7 m a 0,9 m nos machos;
- produção: produção média diária, variando de 2 a 4 l/dia.

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